sábado, 18 de julho de 2009

Sessão de Sábado


“Quem quer ser um milionário”, o filme de Danny Boyle, realmente mereceu cada Oscar recebido. É excelente. Super bem produzido, apesar de ter sido barato. Bonito, mesmo falando de miséria. Inteligente, sem ser chato. Na minha modesta opinião, tudo isso só foi possível devido a uma razão muito simples: a idéia é muito boa. Claro, antes de existir um roteiro, todo filme deveria ter um argumento, uma amarração, um conceito, um porquê. E esse tinha um argumento nota 10. Além de contar a realidade na Índia com uma fotografia muito bacana, monta um carrossel de situações pra mostrar algo que sempre me deixou intrigada: a certeza de que tudo que precisamos saber, a vida acaba dando um jeito de nos ensinar. No filme, um menino pobre e analfabeto consegue acertar todas as perguntas de um programa de TV que pode deixar o ganhador milionário. O protagonista nunca estudou ou se preparou para isso, mas cada resposta lhe foi dada ao longo da vida. A cada pergunta, era preciso apenas lembrar e resgatá-la na sua própria história. É claro que isto seria quase impossível de acontecer na vida real. Mas assistir ao filme me deixou pensando em como a gente presta pouca atenção nas pessoas que passam pela nossa vida, nas lições que podemos aprender com cada dificuldade, com cada desafio...Você pode chamar de destino, sincronicidade ou poder interior. Seja qual for a razão: astrológica, lógica ou espiritual, “Quem quer ser um milionário” manda um recado bem claro: abra os olhos, limpe bem os ouvidos, porque a vida sempre nos dá as respostas das quais necessitamos. E você nem precisa ser alfabetizado para descobri-las. Afinal, o importante é saber ler nas entrelinhas.

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